domingo, dezembro 25, 2011

O último artigo deste blog

Faz agora quase 6 anos sobre a criação deste blog. Inicialmente pensado para ajudar alunos e profissionais com diversas informações e matérias sobre Marketing e Comunicação, periodicamente alimentado e construído em cima de experiências, casos, artigos, aulas.

Foi uma experiência editorial que levou pessoas a comentar, alunos a trabalhar sobre ele e que serviu para poder partilhar informação que me parecia relevante para o mercado. Isto em 2005, quando pensei faz sentido divulgar e partilhar informação que tinha e que podia ser útil a mais pessoas. De forma simples e acessível. Acredito que os conteúdos tratados e acessíveis são hoje o activo mais importante dos alunos, professores, profissionais e clientes. Já acreditava na altura. E pelos vistos não era só eu, tamanho foi o crescimento de blogs sobre estes e outros temas.

Durante bastante tempo consegui colocar diversos artigos e informações, tive ajuda de pessoas que comentavam e enviavam informação que (sem grande filtro ou ordem) fui colocando. O tempo foi passando e mais e mais blogs e locais dedicados ao Marketing e Comunicação foram surgindo. Mais actuais, mais profissionais e principalmente regularmente actualizados. Tentei manter um ritmo de edição que sabia não ser possível manter por muito tempo e o facto é que nos últimos dois anos não só não coloquei quase nada de novo, como algumas das coisas publicadas são conteúdos de amigos (como o Marcelo Veras com os seus artigos sobre Carreira e Competências) e outras são da AYR através de Research Notes.

Entendi que a relevância de actualização e o DNA deste blog estariam já fora de tempo: do meu tempo, porque enquanto profissional estou menos ligado à Comunicação e muito mais às Tendências e Inovação; porque enquanto professor as aulas que como convidado dou, em diversas escolas e universidades no mundo, são muito mais de Estratégia, Inovação e Trends do que de Marketing e Comunicação; porque a disponibilidade física e temporal para manter uma regularidade de publicação é inexistente.

As coisas mudam e os caminhos também. E nesse sentido entendo que por manifesta falta de tempo e porque o meu foco estratégico passou para temáticas complementares destas, mas que não são estas, o ciclo de vida deste blog chegou ao fim.

Decidi não actualizar mais este blog com informação sobre Marketing e Comunicação. Não sei se terei tempo e vontade para fazer um sobre TrendsInnovation. Veremos.

Este blog manter-se-á online mas sem actualização ou publicação. Faltará apenas mais um artigo, em breve, sobre uma nova forma de ver e gerir conteúdos. Mas não é já e, sobretudo, não é hoje.

Penso que contribuí para disseminar um pouco e ajudar (pelos comentários que aqui estão registados em diversos artigos isso é notório) alunos, professores e profissionais a terem mais conhecimento disponível sobre Marketing e Comunicação.

Até já ou até breve o MarkComms fica por aqui.
Fica aqui neste mesmo endereço mas fica por aqui em termos de conteúdos.
Tem muita coisa que é intemporal, outra que se desactualizou.
Mas poderá ser sempre uma ajuda a quem nele reconhecer valias pessoais, académicas e profissionais.

Eu estarei pelas Trends e Inovação em www.ayr-consulting.com e entre Lisboa e São Paulo (e mais uns outros locais novos que aí vêm). Sempre disponível para ajudar a pensar e apoiar a fazer...

LR

PS - Agradeço a todos os que amigos e inimigos o consultaram, leram, comentaram e criticaram. Voltem sempre...

Merry Xmas e Cool 2012!

terça-feira, setembro 27, 2011

Férias cá dentro e a crise terá forçado essa opção.

(Jornal de Negócios, 27/Set/2011)

O presidente da República pediu férias cá dentro e a crise terá forçado essa opção. Os portugueses foram dos europeus que menos viajaram para fora em 2010. Fizeram, antes, "escapadinhas": férias curtas em território nacional, revelam dados do Eurostat.

No dia Europeu do Turismo, o Eurostat publicou hoje um estudo sobre o perfil das férias dos europeus em 2010.

De acordo com o relatório, perto de uma em cada quatro viagens de férias dis europeus foi para o exterior, e metade de todas as viagens de férias foram curtas viagens dentro do país de residência (domésticas).

Portugal aparece em quinto lugar na lista dos países que realizaram mais "escapadinhas", férias curtas e em território nacional.

Quem mais optou por viagens domésticas e curtas foram os residentes na Letónia, 73%,Finlândia, 70%, Dinamarca, 67%, Espanha, 65%, Bulgária e Portugal, ambos com 64%. Já as maiores percentagens de longas viagens domésticas foram registadas na Grécia, com 47%, França, com 39%, Itáliae Polónia, ambos com 35%, e Roménia, com 34%.

Em 2010 os residentes da União Europeia realizaram mil milhões de viagens de férias, das quais mais de três quartos foram viagens dentro do país de residência, e cerca de um quarto foram viagens ao estrangeiro.

Relativamente à duração das viagens, as férias dentro do país de residência foram maioritariamente de curta duração, cerca de 1 a 3 noites, enquanto que as viagens ao estrangeiro foram geralmente mais longas, de quatro noites ou mais.

No total, metade de todas as viagens de férias realizadas pelos residentes da União Europeia em 2010, foram curtas viagens domésticas, enquanto que as longas viagens domésticas representaram cerca de um quarto, revela o comunicado da Eurostat.

Cerca de um quinto de todas as viagens de férias foram longas viagens ao estrangeiro, e 5% foram curtas viagens ao estrangeiro.

As maiores percentagens de viagens domésticas em 2010 observaram-se na Roménia, onde 94% de todas as viagens de férias foram dentro do próprio país, em Espanha, 92%, e na Bulgária e na Grécia, ambas com 91%. Em todos os estados membros se registou uma maior percentagem de curtas viagens domésticas do que longas, à excepção da Grécia.

Em apenas cinco estados membros, metade, ou mais, das viagens de férias realizadas em 2010 foram para o exterior. No Luxemburgo perto de 100% das viagens de férias foram para o estrangeiro.

Na Bélgica, foram cerca de 76%, a Eslovénia registou cerva de 56%, na Holanda 53%, e na Áustria cerca de 50%. A maior percentagem de viagens para o estrangeiro curtas em 2010 foi no Luxemburgo, de 38%, seguido da Eslovénia, com 26%, e Bélgica com 22%.

As viagens longas para o estrangeiro foram lideradas pelo Luxemburgo, 62%, Bélgica, 54%, Holanda, 43%, e Chipre, com 42%.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Atitude Vencedora: “Se cada um fizer a sua parte, o fracasso é certo”

Hoje quero colocar mais um importante tijolo na parede que me propus a construir neste espaço através de artigos sobre Carreira e Competências. Desde que comecei, tenho tentado seguir uma linha de raciocínio que ajude as pessoas a, primeiramente, entenderem porque alguns poucos atingem um elevado patamar de sucesso em suas carreiras e outros não. Segundo, para que cada um possa também desenvolver as competências necessárias para chegar lá. O caminho não é trivial. Se fosse, todos que tivessem lido os livros que prometem mostrar o caminho do sucesso já teriam chegado lá. E a maioria sequer conseguiu sair de onde está.

Em uma das inúmeras entrevistas que fizemos na ESAMC com líderes empresariais, um fato novo e inusitado surgiu em uma conversa com um presidente de uma importante empresa de Tecnologia. Durante a conversa, ele nos disse que “o que realmente a sua empresa estava precisando era de pessoas com Atitude Vencedora”. Questionado a detalhar melhor o que considerava “Atitude Vencedora”, ele disse: - Eu estou cansado de ouvir pessoas me dizerem que um determinado projeto fracassou ou não teve os resultados esperados, mas que a pessoa em questão (ou a sua área) fez a sua parte da melhor maneira possível. Vou traduzir melhor esta frase em um exemplo prático. Imagine que você é um profissional de vendas de uma empresa. E que assumiu um compromisso de vender X unidades do produto da empresa. Entretanto a fábrica, por alguma razão, não conseguiu produzir estas unidades. Você tinha as vendas fechadas, com pedidos em mãos, mas não conseguiu concretizar porque não tinha produto disponível para entregar. Pergunta: - De quem é a culpa? O seu pescoço merece sentir a dor da corda? Obviamente você deve responder que não. Você fez a sua parte, certo? Vendeu. Cumpriu com a sua parte no projeto. E ainda vai ficar berrando pela empresa que você foi prejudicado pela área de produção.

Pois bem, era exatamente sobre isso que este líder estava tratando. Durante a sua fala, ele nos disse que atualmente o grande desafio dos profissionais é o de ir além. Ele nos disse que prefere administrar um eventual conflito entre pessoas ou áreas porque uma “atravessou” a outra para fazer a coisa acontecer do que ouvir a velha desculpa travestida na frase “Eu fiz a minha parte”. Isso é, ao mesmo tempo, chocante e duro. Nós fomos educados e treinados para trabalhar dentro de determinados limites, respeitando hierarquia, Job Descriptions, limites de autoridade etc. Muita gente já foi demitida porque fez mais do que deveria fazer, atropelando e desrespeitando a estrutura organizacional ou as políticas. Isso, em algumas empresas, é inadmissível. Ouvir um presidente de uma empresa dizer que “gosta” de ter este problema na sua empresa chama a atenção. Será que é uma opinião individual ou trata-se de uma nova demanda que está se consolidando? Pelo que tenho visto e ouvido, tendo a ficar com a segunda opção.

A nova ordem mundial tem penalizado e vai penalizar fortemente as empresas que operam com organogramas muito bem definidos, limites de autoridade muito bem definidos, e que fazem com que as pessoas ali dentro se limitem a “apertar o seu parafuso”. Você pode até estar pensando que o problema está na falta de trabalho em equipe, mas eu estou falando aqui de uma coisa nova. Algo que vai além do trabalho em equipe. Esta conversa está no campo da perspectiva pessoal e não corporativa. O que este líder disse, em outras palavras, é que existem profissionais que, além da fazerem a sua parte, acreditamquevãoconseguiremobilizamquemfornecessárioparaqueacoisaaconteça.Entende? Estamosfalandode alguém que, independente dos processos, do organograma, das políticas e do seu cargo, consegue “comprar” um projeto como se fosse a última coisa que fosse fazer na vida. E trabalha para mobilizar as pessoas necessárias para que aquele projeto aconteça. A questão é: Como fazer isso?

Esta conversa me rendeu algumas noites pensando melhor nesse novo desafio para os profissionais. E, após algum aprofundamento no assunto com executivos desta e de outras empresas, concluímos que “Atitude Vencedora” é o prato final que conta com algumas competências comportamentais e gerenciais que estou tratando e que ainda vou tratar aqui. Empreendedorismo é uma delas. Outras virão, como Relacionamento interpessoal, comprometimento, Pensamento Produtivo e Assertividade.

Mas hoje quero deixar este desafio para que você pense e repense. Será que está surgindo uma nova demanda ou trata-se de um caso isolado? Será que ainda “devemos” respeitar tanto os limites de autoridade e decisão de áreas? Será que alguém vai ser demitido no futuro porque passou da conta e atropelou outros colegas na empresa? O tempo e os corajosos vão responder em breve.

Até o próximo!

Se você gostou desse artigo, sinta-se à vontade para repassar para sua rede de contatos. Quer contribuir com o conteúdo, com críticas ou mesmo sugerir complementações e novos temas?
Use os contatos abaixo. Obrigado pela leitura.

Marcelo Veras Vice-Presidente Acadêmico - ESAMC www.esamc.br
Facebook e LinkedIn Profile: Marcelo Veras
Twitter: www.twitter.com/_MarceloVeras_
SKYPE: verasmarcelo
Hotmail / MSN: verasmarcelo@hotmail.com

terça-feira, agosto 30, 2011

Pessimismo?

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes.

Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e
vendia os melhores cachorros-quentes da região.

Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela
estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e as
melhores salsichas.

Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande
quantidade de fregueses.

O negócio prosperava...

Os seus cachorros-quentes eram os melhores!

Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho.

O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava
com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores
ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, e teve uma
séria conversa com o pai:

- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande
crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Há que economizar!

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o
meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão
e internet, e acha isto, então só pode ter razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é
claro, pior).

Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores).

Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.

Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo,
caindo até chegarem a níveis insuportáveis..

O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos... faliu.

O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de
uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso: - 'Bendita a hora em que pus o meu
filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...'

VIVEMOS NUM MUNDO CONTAMINADO PELAS MáS NOTíCIAS E SE NãO TOMARMOS O
DEVIDO CUIDADO, ESSAS MÁS NOTICIAS INFLUENCIAR-NOS-ÃO AO PONTO DE NOS
ROUBAREM A PROSPERIDADE.

O texto original foi publicado em 24 de Fevereiro de 1958 num anúncio da
Quaker State Metals Co

Recebido via e-mail

quarta-feira, agosto 17, 2011

Estudo analisa vida das marcas no Facebook

17 Agosto 2011

A E.Life elaborou um estudo que tinha como objectivo analisar quais eram as marcas mais referidas no Facebook em Portugal. Neste estudo foram estudadas 8,277 acções no Facebook, no período de 1 a 31 de Julho, e foram analisadas 142 marcas.

Do estudo surgiram cinco categorias líderes de buzz, sendo elas: automóveis, festivais de música, serviços móveis, telemóveis, informática e electrónica, as quais concentram 59 por cento do buzz analisado.

Relativamente à primeira categoria – automóveis – 19 por cento do buzz total surge nesta área, com destaque para a BMW que é a marca mais referida na rede social.

Na categoria de festivais de música, a marca Optimus é a mais comentada, o que acontece devido ao festival Optimus Alive que dá grande destaque à marca no Facebook.

No universo dos telemóveis, a Blackberry é a mais comentada. Tal deve-se ao facto de no mês de Julho ter sido partilhada uma mensagem viral que referia a isígnia.

Do total das 142 marcas analisadas, 43 por cento reuniu menos de dez referências na rede social. Trinta e dois por cento conquistou mais de 40 posts.

Relativamente a serviços estatais, a insígnia que mereceu maior destaque foi a EDP. No âmbito dos transportes, a CP obteve o maior número referências. Uma das categorias menos referida é a do vestuário e moda, a qual tem como líder a sueca H&M.

O estudo concluiu que os portugueses utilizam o Facebook sobretudo para comentar marcas que lhe proporcionem sentimentos positivos ou que revelem novidades nos seus produtos. No entanto, muitos dos comentários dos internautas estão, de alguma forma, relacionados com assuntos políticos e económicos.

Apesar do ligeiro aumento de comentários sobre as marcas mais pequenas, continuam a ser as maiores insígnias aquelas que geram mais buzz.

Veja aqui http://www.elifeportugal.com/infografico02/ a infografia do estudo.

Fonte: E.Life

http://www.briefing.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=12752:estudo-analisa-vida-das-marcas-no-facebook&catid=35:marketing&Itemid=54

segunda-feira, agosto 15, 2011

DE “SIM, PODEMOS” A “AGORA DEVEMOS”, PARA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR

DE “SIM, PODEMOS” A “AGORA DEVEMOS”, PARA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR
(Research Note AYR) Lisboa, 7 de Junho, 2011

A Science of the Time classifica “Empower Me” como uma “Sticky Trend”: isto é, uma tendência que resiste ao tempo e evolui continuamente com o passar dos anos. “Empower Me” significa muito mais do que apenas responsabilidade e poder, na linguagem empresarial. “Empower me”, na visão do que os consumidores estão a dizer – ou melhor, a pedir – é que lhes sejam dadas as ferramentas e os recursos que lhes permitam desenvolver a nível pessoal, profissional, e agora, mais do que nunca, politicamente, formas de serem capazes de melhor contribuir para si mesmos, para as suas famílias, para as suas comunidades e (porque não?) para o mundo em geral.

Outra “Sticky Trend” identificada e classificada pela Science of the Time é “A Better World”, que se traduz num optimismo realista, focado e activo que é colocado em prática, não só para tirar o mundo da miséria em que se encontra actualmente, mas também, e fundamentalmente para mudá-lo de maneira mais permanente e evitar – ou pelo menos, minimizar – os desastres éticos, ambientais e financeiros que o afligem por tanto tempo.
E, mais do que a ligação entre estas Tendências, que as suas definições estabelecem, o que está a acontecer é que elas se estão a tornar cada vez mais indissociáveis e interdependentes uma da outra, particularmente nas sociedades estabelecidas ou emergentes.

Esta afirmação pode ser explicada e suportada por recentes factos e eventos, começando pelo extraordinário ressurgimento do orgulho e da autoconfiança da América em si mesma, despoletada pela eliminação de Osama Bin Laden e o desmembramento da Al Qaeda e sustentada também, de forma silenciosa e constante, pelos triliões de dólares que a administração Barack Obama tem vindo a injectar na economia para gerar uma recuperação há muito desejada. Desta forma, deu-se uma forma tangível ao “Yes we can”, que se tornou mais do que um slogan de campanha política, o impulsionar do momento de regeneração que a economia Americana tanto precisa. A morte de um terrorista mítico, que levou o medo e a insegurança aos corações da América e do mundo em geral, transforma-se na crença em um renascimento da América como o padrão mundial sustentável a nível industrial, financeiro e moral, suportada pela vontade de que isto ocorra e ainda com recursos para que isto ocorra e se mantenha a longo prazo. Uma passagem do “Sim, podemos fazê-lo”, para o “Agora devemos fazê-lo”.
Mais evidências vêm do Brasil, onde o recente boom económico, está a ser impulsionado por uma nova classe média de 35 milhões de novos consumidores ávidos para ter acesso a coisas que até agora estiveram fora do seu alcance criando, desta forma, um mercado interno que tem vindo a receber grandes quantias de investimento, quer estrangeiro quer local. Esta riqueza criada recentemente gerou um visível “orgulho em ser brasileiro”, como pode ser verificado no uso alargado e visível de matérias-primas, cores e sabores nacionais em áreas como arte, moda, culinária, engenharia, arquitectura, manufactura etc. No entanto, o aumento dos preços, se não for controlado e até coibido regularmente poderá criar um “efeito bolha” que colocará em risco as grandes expectativas que muitos têm relação a um futuro melhor naquele país. E para evitar isto, mais do que recear esta nova prosperidade ou simplesmente “seguir a corrente”, têm sido identificados diversos movimentos com origem genuinamente popular e englobando todas as camadas sociais, que têm por objectivo criar condições para permitir que ainda mais pessoas consigam ter acesso à nova classe média, mas também dar-lhes ferramentas para que continuem a desenvolver-se pessoal e profissionalmente e passarem de “passageiras do boom”, para “geradoras e continuadoras de crescimento”. Estes movimentos advêm da procura de uma maior aplicação do orçamento nacional na saúde e educação (que continuam a ser grandes problemas) a programas de cidadania com tópicos que vão desde a reciclagem à vigilância e denúncia de corrupção e que, se realizados de forma correcta, só trarão melhores e mais sustentáveis condições que serão valorizadas preservadas por todos. Como tal, os brasileiros passaram do “Sim, eu posso construir uma sociedade melhor” para o “Agora tenho que dar continuidade a isto”.

Mas todo o acima não aparece de repente, e nos casos referidos, exige dos políticos, finança e empresários a coragem e nervos de aço para criarem visões e implementarem estratégias de longo prazo – que vão contra a corrente do imediato, que ainda prevalece na maioria dos países – e que, ao longo de mais tempo do que normalmente se espera, acabarão por beneficiar mais e mais pessoas, o que, por sua vez, os fará reconhecidos e valorizados pela população em geral.
Barack Obama provou que tem a coragem e os nervos de aço, e agora seria de espantar se os Americanos não lhe dessem um apoio esmagador e não tivessem um empenho redobrado na recuperação económica que a América – e, por associação inevitável, o mundo - merecem. A edição especial de 20 de Maio da revista “Time” intitulada “O Fim de Bin Laden” analisa, expõe e suporta este ponto de maneira elegante, profunda e exaustiva.

Lula da Silva também soube desafiar e vencer muitas convenções, e agora os frutos da sua visão deverão ser cuidadosamente cuidados e levados adiante por Dilma Roussef para que se consiga criar um crescimento sustentável que colocará o Brasil permanentemente no mapa dos grandes e no qual a maioria dos brasileiros saiba e consiga transformar o eterno “país do futuro” num país do presente e do futuro. Isto é extensivamente, intensivamente e vibrantemente suportado por artigos na imprensa diária ou semanal brasileira

Em suma, cidadania e progresso conjugados podem levar-nos para um Mundo Melhor. Mas para que eles consigam funcionar harmoniosamente e produzir resultados sustentáveis devem ser precedidos e possibilitados pelo Empowerment como a Science of the Time a definiu. Assim, recai mais do que nunca sobre os políticos a responsabilidade de substituir as práticas clientelistas e de curto prazo por uma postura e prática de estadistas, cujos padrões e acções justifiquem para a maioria da população o porquê de terem sido postos no poder para que se sintam “empowered” na construção de um futuro melhor para todos.

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terça-feira, junho 28, 2011

Livro Marketing para os 45+


Num momento em que as empresas despertam para o potencial do segmento adulto e sénior, eis o primeiro livro português sobre o tema dos consumidores com 45 anos de idade ou mais, numa perspectiva que permitirá aos leitores — profissionais da área do marketing, professores e estudantes — encontrarem linhas de orientação de como fazer negócio com este vasto segmento de consumidores.

O livro visa equipar o leitor com uma visão 360º sobre o segmento das pessoas com mais de 45 anos, as suas particularidades, os subgrupos que surgem e como abordá-los em termos de marketing, numa lógica de ganho para marcas e consumidores.

Assim, eis uma obra que:
• Foca os chamados «adultos maduros» (com 45 ou mais anos) e os seniores (a partir dos 70 anos);
• Procura diagnosticar o que se passa com este grande grupo de pessoas e inseri-las no contexto actual das macro tendências mundiais, bem como nas tendências de comportamento do consumidor;
• Faz uma análise de como as marcas e os marketeers têm trabalhado este segmento de mercado, para além de indicar linhas de acção claras, com vista a potenciar melhores resultados.

Publicado hoje.
Luis Rasquilha e Ana Sepulveda
Atual Editora

http://www.actualeditora.pt/node/68